sexta-feira, 23 de julho de 2010

Tristeza...



Certos dias a tristeza se faz tão presente, que chega parecer que somos infelizes e que nunca fazemos nada certo ou que nada nos faz felizes. São dias em que acordamos sem vontade de levantar, onde coisas fáceis tornam-se extremamente difíceis e terríveis, e coisas que não existem passam a ser algo a mais para nos deixar tristes.

É assim que estou hoje. Triste, pra baixo, melancólica, depressiva, infeliz, descontente... qualquer que seja a palavra, e são tantas que descrevem esse sentimento. Em plena sexta-feira, um desânimo não me deixa sair da cama, um baixo astral não me deixa pensar em nada que possa me fazer um pouquinho feliz. Sempre falta algo... sempre algo está errado... sempre tem alguma coisa. E é sempre assim.

Preciso de um banho de compras, mas nem posso comprar... comprar sem trabalhar não dá. Não posso me dar esse luxo. E agora o que fazer...??? Vou continuar na cama, aguardando algo que me faça minha alma acordar e me faça ter vontade de levantar.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Chove chove chove....



Cadê o sol, que nunca mais voltou?
Chove, chove, chove e não para mais.
Tormento por aqui e eu em busca da paz.

As nuvens parecem desaparecer.
Os dias parecem ficar mais bonitos.
A esperança nasce de novo.
E a alegria volta pra ficar comigo.

Num instante muito curto
Tudo começa a mudar
O sol começa a se esconder
E a chuva começa a voltar.

Tão cansada desse temporal
Já não sei o que fazer.
Começo a pensar se é um sinal.
Algo que eu preciso compreender.

domingo, 9 de maio de 2010

Carta para Deus - encontrada.



"Meu Deus, estou aqui querendo estar lá... Quando acabará a minha missão? Sei que escolhi vim pra cá, mas sei que foi o Senhor quem me guiou. Quando olho para o futuro, não me vejo aqui. Sinto que fui enviada aqui por algum motivo... mas não sei porquê eu. E eu vou "te" contar... para cumprir essa missão sofri tanto, e ainda sofro. Menos eu diria... mas sempre sofro. O Senhor bem sabe.

Sou feliz também, claro. Mas não 100% do tempo. Queria saber por que eu fui o escolhido. Tantas pessoas, talvez mais velhas, ou experientes... e logo eu fui a escolhida! Não entendo... e para ser sincero, não vejo a hora de voltar para o meu mundo... Porque sei que este não é o meu.

Sinto-me bem ajudando e fazendo bem para as pessoas ao meu redor... Sinto que fui enviado aqui pra isso. Porque sei que sem mim por aqui.. as coisas estariam bem desordenadas. Não sei se estou aqui para ensinar, para aprender... para os meus pecados pagar.... Porque não é fácil.. não mesmo. Mas sei que isso não é para sempre. Sei que uma hora isso vai acabar.

Às vezes me pergunto porque concordo em fazer certas coisas, ou deixar outras acontecerem. Minha vontade algumas vezes é de dizer não, é de não fazer, ou até fazer algumas coisas.. Mas sempre faço o oposto do meu desejo. É como se o que eu quisesse não fosse o que eu devesse fazer agora. Mas é tão estranho sentir isso, Senhor. É estranho sonhar com coisas que, agora, parecem mais impossíveis, querer o que não se tem mais sentido. É estranho viver assim... E eu sempre me pergunto POR QUE? Ou até quando?! Sei que não terei resposta... porque ela virá no momento de eu partir, no momento de eu sentir que minha missão aqui onde estou acabou... Sei que terei o momento de viver a minha vida como sempre quis... com quem sempre quis. Só espero que não demore muito... porque sinto falta de tudo que deveria me completar. Dos dias, do calor, dos sorrisos, dos perfumes, da rotina... de tudo.

E eu espero, que enquanto eu estiver aqui os dias não seja tão difíceis, e que vida seja mais fácil de ser vivida. Do jeito que está, está complicado...

Mas obrigado por tudo, Senhor. E obrigado por, ainda assim, me fazer feliz!"


A carta estava perdida num parque... deveria ter chegado a Deus. Será que não chegou.. ou será que Ele já leu e sabe muito bem o que fazer?!


sexta-feira, 30 de abril de 2010

Lembranças de Dona Ninha


Dona Ninha sempre aprendeu que na vida devemos criar momentos para ter belas lembranças no futuro. Ela sempre o fez muito bem. Procurava fazer o melhor, dizer o melhor, ser o melhor podia ser. Falhava, às vezes, mas quem não falha? Ela não aceitava errar. Era seu maior defeito, ou seria sua melhor qualidade? Ela queria ser e dar o melhor de si. Foi o que sempre fez, até quando não pôde mais.

Em algum momento de sua vida, ela cativou o senhor Mel.. seu nome não era mel.. sabe aqueles nomes complicados, que só sabe o pessoal do cartório e seus pais? Era o caso do Sr Mel.. seu nome ficou sendo mel, pra sempre.. Ele passava por algumas situações engraçadas ou às vezes sem graça, mas acabara acostumando e gostando do apelido, e então nome.
Dona Ninha adorava as brincadeiras que tinha condições de fazer com nome de seu amado.. afinal.. ele era o seu mel. Ela se divertia. Ele o fazia muito bem.

Ela tem saudades de seu perfume, da sua timidez, do jeito cativante que a cativou. Ela aprendeu com ele, e sabe que ensinou também. Momentos em que duas vidas foram vividas como uma, plenamente e com a pureza de uma criança. Eles se amavam e qualquer um que os conhecesse, de primeira, sabia que "nasceram um para o outro". Eles também sabiam. A conexão foi imediata. Conexão nem é palavra do vocabulário de Dona Ninha, mas enfim, é da era da tecnologia. Você entende, não é? Pois bem... Há muito tempo atrás, quando se conheceram, já sabiam que algo estava escrito. E que chegara a pessoa tão esperada. Ninguém precisou falar, apontar, indicar... Porque deveria ser assim, e assim foi.

O amor nasceu, acredito que naquele primeiro momento em que se viram. O amor nasceu, cresceu, floresceu. Brilhava e iluminava qualquer um ao seu redor. Invejava também, eu diria.
Sr Mel tocava violão, ela adorava ouvi-lo tocando, e cantando também! Ele sempre dizia que não cantava bem, ela sempre elogiava... era sua maior fã.
Um dia Sr Mel adoeceu. Dona Ninha quase adoeceu também. Na verdade, ela ficou doente também. Sentia as mesmas dores, e buscava a cura como se fosse pra si, ou algum ente querido cujo sangue era o mesmo que tinha nas veias. Mas era isso que sentia em relação ao Sr Mel. Para ela, o seu sangue, vinha do Sr Mel... era como se ela dependesse dele pra viver.. e ele dela. Como se fossem um só. Ele adoeceu, ela passava noites em claro em busca de solução para aquele doença, para aquele tormento. Ela não descansava até ver uma recuperação.. um sinal de evolução.

Passou, sozinha, por momentos difíceis, sem o apoio do Sr Mel, que bem não estava. Ela não suportava saber da sua doença, e era difícil aguentar o momento difícil pelo qual estava passando. E sem seu mel.. que sempre adoçou sua vida, e que sempre fez de qualquer dificuldade, algo mais fácil de lidar. Ela sempre soube o quanto ele a fazia bem. Ele a fazia sorrir.. e sorriso do seu mel, era o que mais a encatava. Ela não cansava de elogiar e de mostrar a todos como o sorriso mais perfeito... o sorriso do seu Mel.

Um dia, as coisas pioraram. Seu Mel adoeceu pra valer, e de repente, não quis mais ver Dona Ninha. Para sua tristeza, claro. Ela não aceitava, não entendia. E tentava lutar para ficar ao lado dele... Tudo em vão. Não conseguiu. E até hoje lamenta. Mas trás em seu coração lembranças de um sorriso, de um perfume, de uma timidez, de um talento, de um amor que não tem fim. Mas ela sabe, que no fundo do coração do Sr Mel, ela está presente, e sabe que ela conquistou um lugar que doença, que situações, que distância, que nada pode tirá-la de lá. Trás no meio de tudo isso uma esperança de ter o seu mel de novo, porque desde então, ela tenta ser feliz... mas a sua vida, nunca mais teve o mesmo sabor.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Eu não queria [e queria] te acordar...


Boa noite... desculpa.. eu não queria te acordar. Mas precisava te ligar... ouvir sua voz, recarregar as minhas baterias [que piscam já faz tempo]. Queria poder falar, queria poder me expressar... mas nem sei como você me receberia...

Sabe, as coisas estão tão confusas, tão estranhas e tão vazias... que eu só queria sua voz, seu sorriso, sua imagem... não só lembrança, mas um pedacinho de você. Sei que o vazio deixaria de existir e isso me faria forte, mais feliz, mais satisfeita... isso me faria sorrir.

Sinto tanta saudade daquele beijo que não aconteceu, dos nossos planos de casar e ter filhos que não foram traçados... falta das idas aos cinemas e restaurantes que ficaram pra trás... falta do que poderia ter sido e não foi.

Arrependo-me por não ter deixado o coração falar... nas melhores das oportunidades, não me entreguei por inteira, e me delimitei com moralismo que me impediu de falar que, sim!, você é de quem mais gostei, de quem nunca esqueci... com quem sempre sonhei.

Hoje me sinto presa, covarde, indecisa... perdida.
Perdida e só você pra me salvar. Eu sei que solução não há...
Desculpa... desculpa por te acordar...
Eu só quero com você sonhar, e pelo menos assim acreditar que as coisas podem melhorar... que eu posso ser livre para te amar... nem que seja pelo mero instante que estou a sonhar.
Mais uma vez... desculpa te acordar.

terça-feira, 30 de março de 2010

Não quero largar.



Não, juro que isso aqui não quero largar.
Juro que tenho o que falar.
Juro não saber o que me impede de liberar...
Juro tanta coisa tenho aqui dentro que queria desabafar.
Não, não sei porque estou a falhar... não estou conseguindo me expressar.
Um dia vou conseguir escrever.. porque sei que isso vai passar.

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rima barata, mas verdadeira. Oo

domingo, 20 de dezembro de 2009

Pra que voltar à dor!?



E a cama pequena parecia tão grande nessa noite tão longa e inconstante. Insônia, passado, preocupações, questionamentos, tanta coisa junta tornando o luar numa escuridão...
Noite passa a ser dia, e o sono não vem.. e o rolar na cama parece infinito e cama pequena parece não terminar... tanto espaço para girar e girar...

E eu me pergunto porquê mexer no que não se deve ser mexido.
Prazer em sofrer!?
Favor respeitar o passado, e o manter bem longe do presente, e mais ainda do futuro. Principalmente quando as tais lembranças são justamente aquelas que precisam ser definitivamente esquecidas para conseguir ser feliz.

O sol começa a renascer, mas o dia está triste... chove, como nunca mais... e eu queria saber se Ele está infeliz. Se foi culpa minha, prometo não voltar aos dias de tempestades e juro cultivar as sementes já plantadas, arrancar as páginas mal escritas e rasgar as pinturas mal pintadas.