É assim que estou hoje...

acordei lembrando de um texto que escrevi a algum tempo.... que talvez se encaixe no meu momento... talvez nem tanto.. mas foi o que me veio à cabeça...


esse texto escrevi em 19.06.06


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hoje estou confusa.

ultimamente tenho estado.

interrogações surgindo cada vez mais e respostas aparecendo cada vez menos. tenho pensado no passado, querendo construir o presente. como se eu pudesse ter domínio sobre o tempo.

pensando no passado, parece que vivi muito, mas não tudo que tinha que viver, e por isso acho que cheguei só até aqui... o que passou foi importante, mas hoje nada mais faz sentido. tenho essa mania de escrever sobre o que se passa aqui dentro, mas nem sempre consigo transcrever para letras, o filme que passa na mente. [muito menos divulgá-lo] e, pra ser sincera, há algum tempo deixei de escrever sobre meu conteúdo interiorano porque só saiam coisas nocivas. [pelo menos a mim.]

apesar de estarem em mim, parece que as colocar pra fora me prejudicava mais ainda. abdiquei então, dessa extração. e cá de volta estou.. escrevendo sobre aquelas tais coisas interioranas, ou talvez tentando escrever, mas não sobre os agentes nocivos do meu pensamento.. a menos que eu pretenda e consiga expurgá-lo. tô tentando na verdade.. me entender [autoconhecimento mesclado com autocrítica, sabe?], entender essas coisas que parecem ser da espécie Intendíves Impossibles. tenho mania de deixar rolar. sabe o piloto automático? pronto. do mesmo jeito. mas muitas vezes ele me leva onde não quero ir. ou quero mas não posso. daí tenho que interromper meu sossego, pra tomar conta da direção, olhar para um lado, olhar para o outro, e decidir que caminho seguir. eis que na dúvida pelo rumo a se tomar, estou aqui.. à deriva. buscando uma luz pra clarear as idéias, e iluminar a melhor direção. porque sinceramente, tá difícil decidir.

se algum momento de minha vida fui emoção, prazer, hoje sou Sra. Razão. e cansada de idealizações, fantasias infantis e fuga da realidade. sabe o mundo real? é, esse mesmo em que você vive, que eu vivo. é nesse que quero sempre viver... nada de idealismo, eu quero é realismo. tá tá tá, de repente outrora eu pensasse um pouco diferente... MAS, salve a maturidade do ser humano! porque uns demora a alcançá-la, outros nem isso consegue. [creio que consegui] ééé. porque idealismo pra mim é falta de maturidade. é querer tapar o sol com a peneira e esquecer o mundo em que se vive. abaixo a exclusão do mundo real. abra os olhos! foi isso que fiz, e é isso que tenho feito.

sempre concordei com a idéia de que a escolha feita pelo coração era a melhor saída, e cada dia mais vejo que não é bem assim o tocar da banda. às vezes, o melhor é ouvi a razão. porque o coração é mole demais. mas cá entre nós, por aqui vejo que existe um grande equilíbrio na minha balança... razão, emoção, razão, emoção, razão, emoção.. e esse equilíbrio me impede de agir. de fazer uma coisa ou outra. de tomar uma decisão ou outra, de falar uma coisa, ou outra, de fazer uma escolha, ou outra. e as lacunas ficam sem preenchimentos, sem respostas, sem alternativas [certas, ou erradas, sei lá...]. e o destino e sua ironia não ajudam... ou..será que têm ajudado e isso depende da ótica? [agora me diga como vou saber]

enfim...tenho plantado sementinhas.. quero colher frutos. quero respostas para as dúvidas.. quero realizações para os meus anseios.

quero um chão mais embaixo, ou uma gravidade maior. porque juro, nesse momento não queria estar tocando nele.

bah! tudo sem pé nem cabeça.

mas é assim que estou hoje. confesso.